Dúvida recorrente para quem está indo passar uns dias no exterior é sobre como se manter online viajando com chip de operadora brasileira. Aí depende do seu destino. Para viajar pela América e pela Europa a Claro é a que oferece maior facilidade, até porque ela tem presença própria na maior parte dos países do continente.
Falando em América (América Latina e também a América do Norte), a Claro comercializa um pacote adicional aos seus clientes de planos pós pagos que se chama “Passaporte Américas”, que em 2023 custa R$ 10 pelo período de 1 mês. Com isso a linha opera normalmente em 18 países. A Claro também oferece o mesmo serviço para a Europa, pelo adicional de R$ 20,00.
A Vivo oferece um adicional chamado Vivo Travel, também para clientes pós pagos. Funciona de forma semelhante à Claro, mas não está presente em todos os planos. No site da Vivo é possível conferir quais têm essa opção. Outra diferença em relação à Claro é que o serviço é limitado a um volume de dados por dia e também a 50 minutos de ligações por dia.
Os preços são semelhantes ao da Claro (R$ 10 para América e R$ 20 para a Europa), porém há uma condição na oferta do serviço: fidelidade de 1 ano. Você vai ter que pagar por um ano do serviço ou contratar o plano diário. Para a América, a diária é de R$ 40,00.
A única vantagem da Vivo neste roaming internacional é que a empresa fornece um plano de R$ 30 para países da Ásia, África e Oceania. Para estes países a Claro não oferece serviço.
Por fim, a Tim não informa um plano específico para falar em outros países. Ela permite que o telefone entre em roaming internacional, mas cobra tarifas sobre o serviço, como as outras operadoras faziam no passado. E as tarifas são bem inacessíveis. Por exemplo, para cada Megabyte de internet usado a Tim cobra até R$ 33 no plano controle. A ativação deve ser feita no Brasil, antes do embarque.
Muita atenção quando a operadora fala em cobrança por MB (Megabyte). No caso acima são cobrados R$ 33 por MB. O consumo médio diário de uma pessoa que usa Whatsapp para conversar e trocar algumas fotos fica em torno de 0,5 GB, ou 500 MB. Se a pessoa fosse pagar por isso por MB gastaria cerca de R$ 16 mil. Ou seja, são planos com preços irreais. É tão irreal que talvez nem a operadora espere que alguém contrate.
Alternativas
Entre as operadoras brasileiras a Claro oferece a opção mais em conta e mais eficiente para América do Norte, América Central e América do Sul, além da Europa.
Para quem tem celular pré-pago no Brasil ou está com as operadoras Vivo e Tim, a melhor opção é comprar um chip da operadora do país de destino. Dessa forma você compra um pacote de internet e fica com os aplicativos ativos com o número brasileiro. Só vai ficar off das chamadas telefônicas convencionais, mas hoje em dia isso não faz tanta falta para grande parte das pessoas.
É preciso ficar atento com as regras de ativação de chip em outros países. Tem países que exigem cadastro prévio e um documento nacional. Aí complica, porque você pode depender de um morador local. Na Argentina, por exemplo, há a opção de comprar um chip da Claro local, mas a ativação com passaporte só pode ser feita nas lojas da Claro. Um pacote de dados para uso durante todo o dia sai por algo em torno de R$ 90 e tem validade para 30 dias.
Existe uma boa alternativa que é o chip temporário internacional. América Chip e Best Buy estão nesta opção, voltada para estrangeiros e que oferece suporte até em português. Usei um desses no Chile e quebrou um galho.
Voltando às operadoras nacionais, a opção da Vivo não é tão atraente, mas acessível para quem precisa do número brasileiro ativo mesmo em viagem. Também é alternativa para quem viaja para países fora do eixo onde a Claro atua.