Cinco lugares para viajar para quem não gosta de badalação

Lugares turísticos muitas vezes podem não parecer aquele paraíso da foto na agência de turismo ou da internet. Principalmente quando aparecem aquelas promoções irresistíveis de viagens. Caribe, ida e volta por R$ 800? Pode apostar que outras milhares de pessoas também vão aproveitar. Tem quem goste de frequentar lugares lotados, mas tem quem prefira a tranquilidade. Neste post vamos listar lugares menos badalados, para quem prefere um pouco de tranquilidade nas férias.

Parque Tayrona (Colômbia)

Foto: Giulianno Gomes

O Parque Natural de Tayrona é uma área de praias semi-desertas na região do Caribe. Fica a 34 quilômetros da cidade de Santa Marta e é possível chegar ao local de forma barata ou também em grande estilo (há um único hotel no local, com altas tarifas). A foto (eu de vermelho com os amigos Julio e Giuliano em viagem de 2012) é de uma viagem que fizemos gastando muito pouco. Para chegar ao local, parte-se de Cartagena das Índias até a cidade de Santa Marta (cerca de duas horas em van). De Santa Marta é possível pegar um ônibus que deixa o visitante na entrada do parque. Da entrada do parque até a praia são alguns minutos de caminhada (com algumas subidas). No local é permitido acampar, desde que pagas todas as taxas e contratada uma empresa para tal fim. O custo do camping é de cerca de R$ 20,00 por noite.

Santuário do Caraça (Minas Gerais, Brasil)

Foto: Renato Ferezim

O Santuário do Caraça fica na região de Mariana, em Minas Gerais, e é um destino bem conhecido por mochileiros estrangeiros, mas pouco pelos viajantes brasileiros. É que alguns guias vendidos na Austrália e na França já listaram o local como destino para trekking e observação de animais. E o local é de uma paz imensa. E cheio de regras também. A área da Serra do Caraça é uma reserva ambiental administrada pela Igreja Católica, que mantém dois hotéis no espaço. Esses hotéis têm reservas próximas à lotação durante todo o ano, especialmente no período de novembro a fevereiro (incluindo o carnaval, quando muita gente vai para lá para fugir da folia). No Caraça existem muitas trilhas, de diferentes níveis, sendo que uma delas permite até que idosos cheguem à uma cachoeira muito bonita. Não há luxo no local, as acomodações são simples, porém confortáveis. O almoço é em um tipo de bandeijão, que serve alimentos produzidos no próprio local. Três dias no local já é um bom período para recarregar as energias.

São Bento do Sapucaí (São Paulo, Brasil)

Foto: Renato Ferezim

Localizada na Serra da Mantiqueira, São Bento do Sapucaí é uma alternativa caipira à Campos do Jordão, sua vizinha. Com clima mineiro (fica na divisa de estados), as hospedagens da cidade são muito simples (muito mesmo, se comparadas com a da vizinha) e como consequência, menos baladada e mais barata. Na época de inverno, alguns turistas que não acham hospedagem em Campos vão parar em São Bento. Mas, o que se faz nesta cidade? O acesso à Pedra do Baú (foto acima) é bem rápido e no trajeto tem cachoeiras e alguns restaurantes: desde o baratinho, na saída da cidade, até o mais caro, que serve truta no pé da Pedra do Baú. Em São Bento também é possível conhecer uma pequena fazenda que anda produzindo azeitona, uma das pioneiras da Mantiqueira. De quebra, ainda é possível chegar rapidamente nas vizinhas Campos do Jordão e Santo Antônio do Pinhal. Estas cidades atraem muitos turistas no inverno, mas o clima ameno se mantém o ano todo.

Puerto Natales (Chile)

Foto: Renato Ferezim

Na Patagônia chilena, Puerto Natales é ponto de partida para quem segue para o Parque Torres del Paine, um lugar fantástico tanto para quem está de passagem quanto para quem decide acampar uns dias por lá. A região da Patagônia Chilena é uma alternativa menos baladada do que a Patagônia Argentina e tem roteiros igualmente surpreendentes também fora de temporada, que é quando existe de fato a tranquilidade. Estive em Puerto Natales em junho de 2017 e a temperatura na madrugada chegou a -12 graus. Para quem procura ficar um pouquinho mais perto da Antártida (e não se importar em passar frio) e conhecer este trecho do ‘fim do mundo’, como é conhecida a Patagônia, alguns dias em Puerto Natales e na vizinha Punta Arenas é uma experiência muito interessante. O roteiro tem uma das paisagens mais diferentes da América do Sul.

Ollantaytambo (Peru)

Foto: Giulianno Gomes

A única cidade que sobrou da civilização Inca que ainda é habitada no Peru. É bem pequena e fica bem próxima à Cusco e é passagem obrigatória para quem vai para Machu Picchu, já que o trem tem uma estação nesta cidade. Na temporada de inverno, muita gente visita Ollantaytambo e a praça da cidade chega a ficar cheia de turistas. Só que os turistas convencionais, que partem de Cusco para Machu Picchu, tiram no máximo algumas horas para passar por Ollantaytambo. A dica é tirar pelo menos um dia para se hospedar no povoado e explorar os trechos montanhosos à sua volta, que requerem caminhadas curtas. Ollantaytambo tem alguns hotéis, albergues e restaurantes, onde o visitante pode tirar algumas horas para tomar uma cerveja Cusqueña (muito boa) e ficar admirando a vista a sua volta. Para ter tranquilidade, evite a alta temporada. Na foto acima, estou admirando a vista dos Andes em foto tirada pelo parceiro Giulianno Gomes.

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